O coronel Nivaldo Restivo, inicialmente designado para liderar a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública a partir do próximo ano, recusou o convite feito pelo futuro ministro Flávio Dino.
Em uma nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (23), Restivo informou que conversou com Dino e alegou “questões familiares de natureza pessoal” como motivo para sua decisão de não aceitar o cargo.
A indicação de Restivo foi alvo de críticas devido à sua ligação com o massacre do Carandiru. Na época, ele era tenente do Batalhão de Choque e responsável pelo suprimento do material logístico da tropa envolvida na ação que resultou no massacre de 111 presos no Carandiru.
O coronel expressou seu agradecimento pelo convite e destacou seu entusiasmo para contribuir, mas afirmou que precisou considerar circunstâncias que poderiam interferir na boa gestão, citando a impossibilidade de conciliar a dedicação exclusiva ao importante trabalho de fomento das políticas penais com o acompanhamento de questões familiares de natureza pessoal.
Essa recusa representa a segunda mudança na equipe de Dino, sendo a primeira relacionada à escolha do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. Dino inicialmente anunciou Edmar Camata para o cargo, mas cancelou a indicação após a divulgação de posicionamentos do policial rodoviário federal a favor da Lava Jato e da prisão de Lula em 2018.